Panorama internacional

Polônia explica recusa de entrada a Lavrov para participar de reunião da OSCE

A decisão do país europeu de não deixar o ministro das Relações Exteriores da Rússia participar da OSCE foi revelada pela primeira vez na sexta-feira (18), e agora Varsóvia justificou o passo.
Sputnik
O Ministério das Relações Exteriores polonês confirmou na segunda-feira (21) a recusa a Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, de participar de uma reunião do Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês), que se realizará em Lodz, Polônia, em 1º e 2 de dezembro.
Na sexta-feira (18) Varsóvia anunciou pela primeira vez que recusaria a entrada a Lavrov para participar da reunião da OSCE, uma decisão condenada como "provocativa" e "sem precedentes" pela chancelaria russa, que citou as leis e mandatos da organização como garantindo a participação igual de todos os Estados-membros.
Aos legisladores russos também foram negados vistos para participar da sessão de outono europeu da Assembleia Parlamentar da OSCE, a ser realizada em Varsóvia, Polônia, entre quinta-feira (24) e sábado (26).
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"Agora, em nossa opinião, a Rússia deveria estar absolutamente isolada em todas as plataformas internacionais, o máximo possível, daí esta decisão. Esta é uma reunião da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, ou seja, países para os quais é importante que haja segurança na Europa, e a Rússia está se opondo a isso. Ela tem interesses que são completamente contrários a toda a organização", qualificou Pawel Jablonski, vice-chanceler polonês, à mídia do país.
Em resposta, Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, retrucou as declarações.
"Recordemos o final do ano passado e o início deste ano. Foi a OSCE que realmente rejeitou a proposta construtiva da Rússia para uma conversa estruturada, orientada por um projeto de documentos concretos, e voltada para o futuro em matéria de segurança. A OSCE a rejeitou. Tais declarações não são desconfortáveis para nosso lado, ainda mais para Sergei Lavrov, mas sem dúvida que são uma grande dor de cabeça para a OSCE, como organização", afirmou ele.
A Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. O Presidente Vladimir Putin descreveu como objetivo a ajuda a pessoas russófonas na região de Donbass, que estavam sendo sujeitas a um "genocídio" de Kiev. Para isso seria necessária completar a "desmilitarização" e a "desnazificação" da Ucrânia, e levar a julgamento todos os criminosos de guerra responsáveis por "crimes sangrentos contra civis" em Donbass.
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