No final do dia, embaixadores de todos os 27 Estados da União Europeia (UE) devem se reunir para decidir sobre o preço máximo do petróleo russo, publicou o Wall Street Journal. A decisão de introduzir o teto de preços deve resultar de uma votação unânime dos membros da UE, enquanto o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) vai votar paralelamente ao bloco europeu.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse nesta terça-feira que a UE ainda está deliberando sobre qual deve ser o nível máximo do preço do petróleo russo e os Estados Unidos estão em contato com seus aliados e parceiros europeus sobre o assunto.
"Eu não vou ficar à frente da UE em termos do que o limite realmente deve ser. Eles ainda estão deliberando sobre isso", disse Kirby durante uma coletiva de imprensa. "Estamos em contato com nossos parceiros da UE sobre seu progresso em relação a isso, é claro, e estamos tentando dar o máximo de apoio possível, principalmente em termos de implementação [do teto de preços]".
Se os países concordarem com os termos do preço máximo, ele vai ser introduzido a partir do dia 5 de dezembro.
O vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak, declarou na segunda-feira (21) que a Rússia não vai fornecer petróleo e produtos petrolíferos a países que aplicarem o princípio do teto de preços, Moscou vai redirecionar os suprimentos para parceiros orientados para o mercado ou reduzir completamente a produção.
"A Rússia confirma seu status de fornecedor de energia confiável para o mercado mundial e o status de mercado de nossas relações com parceiros. Nesse sentido, não planejamos fornecer petróleo e derivados a países que aplicarão o princípio de um teto de preços com a posterior reorientação de suprimentos para parceiros orientados para o mercado ou com redução de produção", disse Novak.
Os países ocidentais vêm buscando maneiras de limitar a receita da Rússia com as exportações de petróleo e gás desde que o país lançou uma operação militar especial na Ucrânia, em 24 de fevereiro. Em outubro, a UE introduziu o oitavo pacote de sanções contra Moscou, que incluía uma base legislativa para estabelecer um teto de preços para embarques marítimos de petróleo russo para terceiros países.