Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, com o envio de armamentos dos EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) à Ucrânia, houve um aumento na demanda por defesa aérea e equipamentos com outros propósitos.
Enquanto muitos países estão começando a reconhecer que a Ucrânia provavelmente precisará de apoio militar nos próximos anos, no momento em que existe um esgotamento dos arsenais ocidentais, os maiores fabricantes de armas do mundo estão buscando aumentar a produção de lançadores de foguetes, tanques e munições.
A empresa americana de armas Raytheon Technologies, um dos exemplos citados pela mídia dos EUA, convocou seus funcionários aposentados para impulsionar a fabricação dos sistemas portáteis de mísseis antiaéreos Stinger, que praticamente estavam fora de produção até o início do conflito ucraniano.
O Pentágono comprometeu mais de US$ 19,7 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) em armas e serviços para a Ucrânia, a maior parte retirada de estoques existentes. Além disso, concedeu cerca de US$ 3,4 bilhões (R$ 18,09 bilhões) em novos contratos para reabastecer estoques nacionais e aliados.
Por esse motivo, a multinacional americana Raytheon Technologies Corp está contratando trabalhadores aposentados para aumentar a produção dos mísseis antiaéreos Stinger.
A L3Harris Technologies Inc, por sua vez, vem extraindo chips de computador de rádios antigos para fabricar novos equipamentos de comunicação e evitar a perda de qualquer entrega relacionada à Ucrânia.
A Lockheed Martin está dobrando a produção de mísseis antitanque Javelin em colaboração com a Raytheon. Além disso, em meados de outubro, a empresa informou que planejava aumentar a produção de Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars), arma de alta demanda na Ucrânia.
O aumento também é reportado pelo WSJ na Europa, onde alguns dos fabricantes de armas mais antigos estavam acostumados a uma demanda mais modesta por seus produtos.
Empresas como a alemã Rheinmetall AG e a sueca Saab AB aumentaram sua capacidade de produção na esperança de receber grandes encomendas.
A Rheinmetall AG, uma das maiores fabricantes de armas e munições da Europa, concordou em comprar uma rival espanhola para reforçar sua capacidade de produção de munições.
"Os clientes darão contratos a empresas que tenham capacidade", disse Armin Papperger, presidente-executivo, acrescentando que espera que grandes contratos cheguem no ano que vem.
Após o início da operação especial russa para libertar Donbass dos nacionalistas ucranianos, os Estados Unidos e a União Europeia alocaram bilhões de dólares em armas às Forças Armadas da Ucrânia.
Moscou observou repetidamente que o Ocidente está tentando prolongar o conflito na Ucrânia. O Ministério da Defesa enfatizou que os armazéns com munição estrangeira se tornariam alvos legítimos da Força Aeroespacial russa.