Panorama internacional

Rússia promete levar a Genebra provas sobre pesquisa de bioarmas dos EUA perto de fronteiras russas

À margem da próxima conferência de Genebra, a delegação russa realizará um evento separado e de portas abertas para aqueles que queiram acompanhar a exposição de especialistas russos sobre o tema.
Sputnik
A Rússia acredita que os Estados Unidos estão pesquisando patógenos perto da fronteira russa para usar em seu programa de armas biológicas, disse nesta quinta-feira (24) o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, que também é encarregado do controle de armas.

"Moscou tem todos os motivos para acreditar que componentes de armas biológicas foram desenvolvidos nas imediações das fronteiras russas. Em particular, observamos os EUA e seus aliados conduzindo pesquisas de guerra biológica além de suas fronteiras nacionais, inclusive no território de nossos vizinhos", disse Ryabkov a repórteres na capital russa.

O Kremlin considera inaceitável que oficiais militares estrangeiros, que trabalham em países que fazem fronteira com a Rússia, tenham amostrado patógenos humanos e exportado coleções nacionais de doenças infecciosas, incluindo cepas extremamente perigosas e resistentes a vacinas, acrescentou o vice-chanceler.
Ao mesmo tempo, Ryabkov disse que a Rússia apresentaria a prova de que Washington conduz tal pesquisa na Ucrânia à margem da próxima conferência de Genebra.
"A delegação russa realizará um evento separado e de portas abertas na próxima conferência de revisão, durante a qual nossos especialistas apresentarão novamente as evidências à sua disposição e levantarão as atividades de guerra biológica na Ucrânia", disse a autoridade.
A Rússia tem divulgado suas descobertas sobre a pesquisa de patógenos do Pentágono na Ucrânia desde março, mas as autoridades ucranianas e seus patrocinadores norte-americanos repetidamente "deixaram de lado esses sinais e reivindicações", disse o diplomata.
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A Casa Branca negou tais atividades, mas em junho de 2022, admitiu financiar 46 biolaboratórios na Ucrânia. No entanto, tanto Washington quanto Kiev negaram que os laboratórios servissem para propósitos militares, alegando que estavam sendo usados apenas para pesquisas pacíficas.
Moscou agora buscará melhorar as medidas de construção de confiança na convenção para responsabilizar os EUA pela realização de pesquisas ilícitas no exterior.
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