Panorama internacional

Colômbia e México convocam conferência latino-americana para discutir política de drogas

Nesta sexta-feira (25), o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o seu equivalente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciaram a intenção de realizar uma conferência regional para repensar as políticas de drogas na América Latina.
Sputnik
O possível encontro entre líderes da região foi anunciado em comunicado conjunto após uma conversa entre os presidentes de Colômbia e México.
"Reconhecendo o fracasso na luta contra as drogas e a vulnerabilidade de nossos povos diante deste problema, México e Colômbia convocam uma conferência internacional de líderes latino-americanos para rever e repensar a política de drogas", disseram Petro e López Obrador.
O presidente colombiano afirmou diversas vezes anteriormente que as estratégias destinadas a combater o tráfico ilegal de drogas na região falharam. Para Petro, a guerra contra substâncias e plantas ilegais, iniciada há meio século, desestabilizou as democracias da região, levou a crises regionais e causou milhares de mortes na América Latina.
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador
Em meados de setembro, Petro disse que seu governo faria esforços para convencer os produtores de coca a substituí-la por outras culturas agrícolas lucrativas. Além disso, afirmou que as autoridades colombianas e norte-americanas reforçariam a vigilância das unidades de combate à droga sobre os proprietários e beneficiários do produto e do tráfico de drogas, com o objetivo de reforçar a luta contra essas atividades ilegais.
A Colômbia é o maior produtor e exportador mundial de cocaína. Mais de 90% das plantações de coca do mundo estão concentradas no chamado triângulo andino das drogas, que inclui Colômbia, Peru e Bolívia. Centenas de toneladas de cocaína são enviadas anualmente da América do Sul para os Estados Unidos, o maior e mais solvente mercado de drogas do continente.
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