O possível encontro entre líderes da região foi anunciado em comunicado conjunto após uma conversa entre os presidentes de Colômbia e México.
"Reconhecendo o fracasso na luta contra as drogas e a vulnerabilidade de nossos povos diante deste problema, México e Colômbia convocam uma conferência internacional de líderes latino-americanos para rever e repensar a política de drogas", disseram Petro e López Obrador.
O presidente colombiano afirmou diversas vezes anteriormente que as estratégias destinadas a combater o tráfico ilegal de drogas na região falharam. Para Petro, a guerra contra substâncias e plantas ilegais, iniciada há meio século, desestabilizou as democracias da região, levou a crises regionais e causou milhares de mortes na América Latina.
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador
© Foto / Cortesía de la Presidencia de México
Em meados de setembro, Petro disse que seu governo faria esforços para convencer os produtores de coca a substituí-la por outras culturas agrícolas lucrativas. Além disso, afirmou que as autoridades colombianas e norte-americanas reforçariam a vigilância das unidades de combate à droga sobre os proprietários e beneficiários do produto e do tráfico de drogas, com o objetivo de reforçar a luta contra essas atividades ilegais.
A Colômbia é o maior produtor e exportador mundial de cocaína. Mais de 90% das plantações de coca do mundo estão concentradas no chamado triângulo andino das drogas, que inclui Colômbia, Peru e Bolívia. Centenas de toneladas de cocaína são enviadas anualmente da América do Sul para os Estados Unidos, o maior e mais solvente mercado de drogas do continente.