Rússia subiu para o quarto lugar entre as maiores economias do mundo em termos de reservas cambiais, também chamadas de reservas forex, segundo os cálculos da Sputnik publicados neste sábado (26).
O termo Forex, que vem do inglês Foreign Exchange, significa mercado de câmbio, mas pode ser conhecido fora do Brasil também como FX Market. Esse tipo de mercado financeiro é descentralizado e destinado a uma modalidade de investimento em que ocorre o lucro pela negociação de moedas ou transações de câmbio.
O Forex, embora não seja o mercado financeiro mais conhecido no Brasil, é o maior do mundo. Em volume de capital, o FX Market faz a movimentação de mais de US$ 5 trilhões (R$ 16,23 trilhões) todos os dias.
Nos primeiros nove meses do ano, as participações da Rússia, incluindo aquelas congeladas pelo Ocidente devido a sanções relacionadas à Ucrânia, subiram para US$ 540 bilhões (R$ 2,92 trilhões), mostram dados do Banco Central.
Isso permitiu à Rússia ultrapassar a Índia, que ocupava o quarto lugar. As participações da Índia no final de setembro somavam US$ 532 bilhões (R$ 2,87 trilhões). Os dois países competem entre si neste indicador desde 2015.
A China manteve sua liderança perene em termos de reservas internacionais, com impressionantes US$ 3,193 trilhões (R$ 17,27 trilhões) em ativos no final de setembro deste ano. O segundo lugar ficou com o Japão, com US$ 1,238 trilhão (R$ 6,69 trilhões), e a Suíça ficou em terceiro, com US$ 892 bilhões (R$ 4,82 trilhões).
De acordo com o relatório, uma tendência interessante foi observada: economias emergentes ultrapassaram suas contrapartes de mercados desenvolvidos.
Hong Kong foi substituído pela Arábia Saudita como o sexto maior detentor, o Brasil subiu para o nono lugar, empurrando Cingapura para o décimo. A Coreia do Sul caiu para o número sete.
A Alemanha e os EUA mantiveram os 11º e 12º lugares do ano passado, respectivamente, com a França subindo para o 13º lugar, seguida pela Itália. O México subiu três posições, para o número 15. Tailândia, Reino Unido, Israel, Polônia e República Tcheca completaram o top 20.
O estudo foi realizado pela Sputnik com base em dados dos bancos centrais das 90 maiores economias do mundo até 2021. A amostra final incluiu as 50 economias com maiores reservas, que divulgaram seus dados de setembro em meados de novembro.