De acordo com a mídia, o anúncio pode ser feito na terça-feira (29). A decisão deverá ser seguida também pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), do vice de Lula, Geraldo Alckmin.
O apoio vinha sendo estudado desde a semana passada, segundo o jornal, mas ainda esbarrava em alguns obstáculos, já que a legenda de Lira é aliada do Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro.
Lira teria promessas já feitas ao PL e também ao União Brasil, escreve a Folha. Pelos acordos, nos próximos dois anos os dois partidos revezariam a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais prestigiadas da Casa. Além disso, Lira estaria dificultando uma possível participação do PT na futura mesa diretora.
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados durante reunião do colegiado destinada a votar parecer sobre a Reforma da Previdência. Foto de arquivo
© Foto / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Assim, a solução articulada pelo líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), diz o jornal, foi mobilizar um bloco formado por partidos que apoiam o governo de Lula — a federação do PT (PV e PCdoB), o PSB e a federação Psol–Rede — com a expectativa de atrair as bancadas de PSD, União Brasil e MDB para tornar possível a negociação de cargos na mesa diretora e de espaços em comissões importantes, como a própria CCJ.
Nesta segunda-feira (28), o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que o apoio do partido a Lira "já está explícito". "Provavelmente amanhã [será feito o anúncio]. Governabilidade é o interesse do governo", disse.
Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo, Lira está com a reeleição à presidência da Câmara praticamente garantida. Com a sinalização de diversos partidos, a mídia estima que ele tenha mais de 400 dos 513 deputados ao seu lado.
28 de novembro 2022, 13:26