Um alto funcionário da Casa Branca chamou de falsas as alegações de que os Estados Unidos estão lucrando com o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) à Europa, crescendo em meio a interrupções nas exportações russas.
Nesta semana, um artigo do portal Politico denunciou que políticos europeus estão cada vez mais irritados com as ações da Casa Branca, que lucra não apenas com a própria crise ucraniana, mas também com o déficit de energia na Europa.
O artigo acrescenta que a ignorância do presidente americano, Joe Biden, e os impactos que a influência política americana em relação ao conflito ucraniano vem gerando nos mercados europeus também se tornaram um problema grave para políticos europeus.
Segundo o funcionário da Casa Branca, que optou por não se identificar, as exportações, que mais que dobraram, são baseadas principalmente em contratos de longo prazo com comercializadoras estrangeiras que já revendem o gás ao consumidor final.
"Vimos artigos afirmando que os EUA estão lucrando com as vendas de seu gás natural liquefeito para a Europa. Isso não é verdade. Na verdade, os EUA mobilizaram o GNL para ajudar a Europa a se preparar para o inverno", disse o funcionário em uma entrevista por telefone, antes da visita do presidente da França, Emmanuel Macron, aos Estados Unidos.
"Para ser claro, a maior parte do GNL é exportada para a Europa sob contratos transparentes de longo prazo com empresas estrangeiras de comércio de energia, incluindo várias empresas europeias", acrescentou.