Operação militar especial russa

EUA prepararam Ucrânia para confronto com Rússia desde 2014, diz político alemão

Os Estados Unidos alimentaram ativamente o conflito na Ucrânia desde o seu início, após o golpe de Estado de 2014, o chamado Euromaidan, afirmou em entrevista à Deutsche Wirtschafts Nachrichten o famoso político alemão Oskar Lafontaine, ex-presidente do Partido Social-Democrata da Alemanha.
Sputnik

"Desde então, os EUA e os seus vassalos ocidentais têm armando a Ucrânia e sistematicamente preparado Kiev para o confronto com a Rússia. Como resultado, a Ucrânia não de jure, mas de fato, se tornou membro da OTAN. Os políticos ocidentais, junto com a mídia mainstream, ignoram deliberadamente a pré-história [da crise atual]", opina o político.

Conforme Lafontaine, Washington conseguiu agravar as relações entre a Rússia e a União Europeia e, ao mesmo tempo, neutralizar o seu adversário geopolítico, a Alemanha. Desta maneira, os EUA obtiveram o poder de determinar a política dos países da UE, acrescentou Oskar Lafontaine.
"Eles vendem o seu gás de xisto sujo, enquanto a indústria de defesa norte-americana está prosperando", afirmou o político europeu.
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Por outro lado, apontou Lafontaine, Washington falhou em realizar por completo seus planos contra a Rússia.

"Sinto que agora os EUA percebem que deram um tiro no pé. Apesar do fornecimento de armamento à Ucrânia em larga escala, do envio de um grande número de assessores militares, ficou claro que é impossível derrotar a potência nuclear que é a Rússia, por meios militares. Além disso, as sanções impostas à Rússia funcionaram como um bumerangue para o Ocidente", concluiu o político.

Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido uma operação militar especial na Ucrânia. O presidente da Rússia Vladimir Putin chamou como seu objetivo "defender as pessoas que ao longo dos oito anos têm sofrido das intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". O objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia.
Nesse contexto, os países ocidentais endureceram a pressão sancionatória contra Moscou, mas, como resultado, enfrentaram o aumento dos preços dos combustíveis e uma inflação recorde. Além disso, as restrições antirussas foram um forte golpe contra toda a economia mundial, enquanto, como salientou o líder russo, a estabilidade financeira da Rússia não sofreu por causa das sanções.
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