"As ações de combate na Ucrânia levaram a um enorme consumo de munição e mostraram à OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] que suas tropas precisam reabastecer seus estoques", diz o jornalista.
No artigo, o autor destaca ainda que a produção de munição está sendo prejudicada pela falta de pólvora. Nesse quesito, a explicação, segundo ele, é a redução no fornecimento de material necessário, vindo da China. Ele aponta que a pandemia provocou o atraso das entregas chinesas, que passaram a levar de seis a nove meses.
Entre outros fatores, os problemas podem estar relacionados ao término da cooperação de Pequim com fabricantes ocidentais em meio à crescente concorrência, sugere o autor, com base na opinião de especialistas.
"Estima-se que, no caso de uma guerra, os estoques durem apenas por algumas horas ou, na melhor das hipóteses, alguns dias", alerta Hegmann.
Soldados alemães entram em avião de transporte Transall C-160. Foto de arquivo
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Segundo o autor, a exigência de cartuchos conforme os padrões da OTAN também se torna um obstáculo à rápida reprodução. Ele também lembra que, desde os anos 1990, munições e cartuchos alemães com baixo teor de substâncias nocivas têm sido usados no Exército alemão para reduzir o impacto negativo na saúde dos soldados.
Após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, o Ocidente passou a implementar sanções em larga escala contra a Rússia e a fornecer armas e equipamentos militares a Kiev.
Mais de uma vez, Moscou alertou que a assistência militar apenas prolonga o conflito e o transporte com armas se torna um alvo legítimo para o Exército russo.