De acordo com o autor do artigo Juan Torres López, esta é uma decisão muito covarde e cínica que impede os países europeus de avançarem rumo a uma resolução pacífica do conflito.
"Com este tipo de duplicidade moral, o Parlamento Europeu faz recordar um valentão escolar e também se desqualifica como um participante que poderia realmente contribuir para o estabelecimento da paz [na Ucrânia]. Nem mesmo os EUA deram esse passo, conscientes das consequências de tal escolha e de sua inutilidade prática", avança artigo.
Além disso, o autor observa que a posição "ruim" da União Europeia (UE) em relação a Moscou afetou negativamente os próprios países europeus, causando a crise energética no bloco.
"A União Europeia escolheu a pior posição de entre todas as possíveis. A que supõe um maior custo econômico para a Europa, a que a torna mais dependente dos EUA […] Sua torpe e infeliz insistência em que a via militar é a única possível leva a um caminho fatídico, além de a obrigar a mentir constantemente à opinião pública sobre o custo real dos acontecimentos para poder ocultar o fracasso da estratégia que defende", ressalta López, observando que a UE está se transformando em um fantoche de Washington.
Após UE classificar a Rússia como "patrocinadora do terrorismo", em uma resolução adotada em 22 de novembro, a representante da chancelaria russa Maria Zakharova propôs que o Parlamento Europeu fosse reconhecido como "patrocinador da estupidez".