Na terça (29) e quarta-feira (30) decorre a reunião dos chanceleres dos países da OTAN em Bucareste.
"Em nome da OTAN, posso dizer que, ao longo de muitos anos, temos tentado construir relações construtivas com a Rússia, conduzir um diálogo construtivo. A Rússia abdicou desse diálogo. Não há qualquer possibilidade de continuar o diálogo construtivo […] O diálogo institucional que tentamos construir a fim de fortalecer o Conselho Rússia-OTAN não funciona nas condições em que estamos agora", disse Stoltenberg ao discursar no fórum na capital romena.
Nesse contexto, o secretário-geral da OTAN sublinhou que "ao mesmo tempo, precisamos de linhas militares de contato com a Rússia, a fim de reduzir riscos de incidentes e, caso eles sucedam, não permitir que saiam do controle".
Conforme Stoltenberg, é também necessário manter contatos na esfera do controle de armas.
Moscou tem repetidamente declarado que a Aliança Atlântica é um bloco que visa o confronto. Segundo salientou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, a futura expansão do bloco não trará mais segurança à Europa. A chancelaria russa enfatizou que Moscou segue aberta para o diálogo com a OTAN, mas em condições de igualdade. Além disso, segundo o ministério russo, o Ocidente deve abdicar da política de militarização do continente.
Nos últimos anos, a Rússia tem chamado a atenção para a atividade sem precedentes da OTAN perto das suas fronteiras. A aliança segue ampliando suas ações, chamando-as de "contenção da agressão russa". O Kremlin avisou que, embora a Rússia não represente qualquer ameaça, ela não vai ignorar as ações potencialmente perigosas para os seus interesses.