"Isso implicaria o envio para a Ucrânia dos soldados alemães para operarem os sistemas de lançamento", diz o jornalista.
Segundo o autor, desde fevereiro deste ano, Berlim tem apoiado Kiev com armas e equipamento militar, mas não deixando que as Forças Armadas alemãs interviessem no conflito de forma direta.
"Aceitar a proposta polonesa forçaria a Alemanha a cruzar a linha", acrescentou Adamowski.
Anteriormente, a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, comunicou que foi alcançado um acordo com a Polônia sobre o patrulhamento do espaço aéreo com caças Eurofighter e a instalação no país do sistema de mísseis Patriot.
Depois, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki, o presidente do partido governista Jaroslaw Kaczynski e o ministro da Defesa Mariusz Blaszczak propuseram que os Patriot alemães fossem instalados na Ucrânia em vez da Polônia.
O Ministério da Defesa da Alemanha, por sua vez, respondeu que o país manterá os Patriot no sistema de defesa aérea da OTAN.
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, os EUA e os seus aliados começaram a inundar a Ucrânia com armas. O presidente norte-americano Joe Biden assinou a lei Lend Lease, tendo Washington já fornecido a Kiev ajuda no valor de dezenas de bilhões de dólares.
Moscou tem repetidamente avisado que o fornecimento de equipamento militar ocidental apenas prolonga o conflito, enquanto os transportes carregando armas se tornam um alvo legítimo para as tropas russas.