"Fornecedores de energia ucranianos dizem que estão ficando sem equipamentos para restaurar rapidamente as usinas, o que torna os apagões contínuos cada vez mais longos. Eles precisam de peças de reposição, materiais de construção e equipamentos, bem como assistência logística", disse o jornalista Simon Schlegel, em uma coluna de opinião do jornal.
O artigo também afirma que as Forças Armadas da Ucrânia estão enfrentando uma economia de equipamentos para o clima frio.
Na Ucrânia faltam geradores, fogões e aquecedores, o que torna Kiev ainda mais dependente do Ocidente, acrescentou Schlegel.
Na sua opinião, a Europa corre o risco de enfrentar um fluxo adicional de refugiados ucranianos e, por isso, os países do continente correm o risco de ficar com "uma enorme lacuna na economia".
"A crise humanitária do inverno vai esgotar os recursos ucranianos e ocidentais", resumiu o colunista.
Militares russos lançam ataques com mísseis contra a infraestrutura ucraniana desde 10 de outubro, dois dias após o ataque terrorista contra a Ponte da Crimeia, organizado pelas forças ucranianas.
Os alvos das forças russas são infraestruturas de energia, indústria de defesa, comando militar e instalações de comunicações. Ataques aéreos nas regiões da Ucrânia são anunciados todos os dias, muitas vezes em todo o país.
Outro golpe à infraestrutura energética ucraniana ocorreu na última quarta-feira (23). Em Kiev, todas as usinas nucleares e a maioria das usinas termelétricas e hidrelétricas foram desenergizadas, e a maioria da população ficou sem eletricidade.
Três dias depois, as autoridades ucranianas reconheceram que ainda havia um déficit de capacidade de 25% na rede.