Os partidos da coalizão de direita da Itália retiraram na terça-feira (29) uma emenda que permitiria continuar enviando armas à Ucrânia sem autorização parlamentar, relatou a agência britânica Reuters.
A medida, introduzida pouco depois do começo em fevereiro da operação militar especial da Rússia na Ucrânia pelo então premiê Mario Draghi (2021-2022), expira no final de 2022, e sua sucessora Giorgia Meloni tentou o prolongar até 31 de dezembro de 2023.
No entanto, o Partido Democrático de centro-esquerda opositor argumentou que a lei não era específica à ajuda militar à Ucrânia e que o governo estava interpretando as leis parlamentares de modo demasiado livre.
Luca Ciriani, ministro para Relações Parlamentares, disse que o governo procuraria assegurar rapidamente a assinatura de um decreto semelhante.
Na última semana Guido Crosetto, ministro da Defesa da Itália, garantiu que as autoridades do país continuariam dando armas segundo os desejos da OTAN e da Ucrânia, enquanto no início de novembro um funcionário da coalizão governista italiana contou que Roma estava preparando uma nova rodada de armamentos para Kiev, incluindo sistemas de defesa antiaérea pedidos pela última.
Meloni tem apoiado os suprimentos militares a Kiev, mas alguns outros políticos da coalizão, como Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, são mais céticos. Eles, junto com outros partidos de oposição de esquerda, sublinham a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo de paz e parar o derramamento de sangue.