Nina Armagno, chefe de pessoal da Força Espacial dos EUA, disse na quinta-feira (1º) que a Austrália é um recurso valioso na crescente rivalidade espacial entre os EUA e a China, escreveu a agência norte-americana Bloomberg.
Armagno disse que a posição geográfica da Austrália e sua capacidade de pesquisa, representam "um pote de ouro no final do arco-íris" para os interesses estratégicos da China e dos EUA na defesa espacial.
Segundo o oficial, a localização da Austrália no Hemisfério Sul é vital para os EUA para a "consciência do domínio espacial", a capacidade de rastrear e monitorar todos os objetos, satélites e detritos em órbita próxima à Terra.
A estreita aliança entre Washington e Camberra, entre outras potências ocidentais, é o "molho secreto" que falta ao governo chinês, na opinião de Armagno.
Ao mesmo tempo, John Shaw, tenente-general e vice-chefe do Comando Espacial dos EUA, reconheceu que a China tem progredido "muito, muito rapidamente" na corrida espacial, depois que em janeiro um módulo de pouso do país asiático foi o primeiro a detectar água na Lua.
Shaw disse que a capacidade de pesquisa avançada da Austrália era particularmente importante para as defesas espaciais dos EUA, que usarão a posição de Austrália como "líder em computação quântica" para usar esse tipo de tecnologia no futuro.
A Austrália e os EUA têm reforçado suas relações nos últimos anos em meio aos progressos econômicos, políticos e militares da China globalmente. Em setembro de 2021, os EUA, o Reino Unido e a Austrália criaram o grupo AUKUS, uma aliança de segurança e cooperação de defesa que prevê a entrega de submarinos nucleares a Camberra até 2040.