"A OTAN não faz parte do conflito. Não seremos arrastados para a guerra do [presidente russo Vladimir] Putin. Apoiamos a Ucrânia em seu direito à autodefesa, um direito consagrado na carta da ONU", disse Stoltenberg.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa após conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim.
Stoltenberg, no entanto, disse que é necessário que os países da aliança aumentem a produção de munição para reabastecer suas reservas e fortalecer o apoio à Ucrânia.
"A Ucrânia precisa de mais munição. Eles afirmaram isso muitas vezes, porque esta é uma guerra brutal de desgaste, onde há um enorme consumo de munição. Essa também é uma razão pela qual os aliados estão fornecendo mais munição para a Ucrânia, e eles têm forneceu muito e continua a fornecer quantidades substanciais de munição para a Ucrânia", disse.
Ele frisou que os países da OTAN fazem isso "cavando nos estoques existentes" e apontou que a longo prazo isso não pode continuar.
"Essa é a razão pela qual a Alemanha e todos os aliados também começaram a se envolver com a indústria de defesa para aumentar a produção de munição, em parte para reabastecer os estoques existentes da OTAN para atender aos requisitos de dissuasão e defesa do território da OTAN, mas também para garantir que possamos continuar a fornecer munição para a Ucrânia", acrescentou Stoltenberg.
Desde que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, os países ocidentais têm fornecido a Kiev ajuda humanitária, militar e financeira. Moscou denunciou o fluxo de armas para a Ucrânia de seus aliados ocidentais, dizendo que isso acrescenta combustível ao fogo.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para a Rússia.