O Serviço Secreto admitiu a existência de documentos ligados à alegada posse ilegal de uma arma por parte de Hunter Biden, embora eles tenham negado anteriormente a posse dos arquivos.
De acordo com a mídia, representantes do Serviço Secreto abordaram o dono da loja de armas de fogo onde Hunter Biden teria comprado ilegalmente uma arma e exigiram a papelada relacionada a essa transação. O dono da loja de armas se recusou a obedecer, suspeitando que os agentes do Serviço Secreto queriam esconder a propriedade da arma de fogo de Hunter.
Este incidente não passou despercebido. O grupo ativista conservador Judicial Watch (Vigilância Judicial) processou a agência governamental por todos os materiais relacionados à suposta propriedade da arma de Hunter Biden. O grupo de vigilância do governo também destacou a estranheza do Serviço Secreto ter mudado várias vezes de posição sobre o caso.
O presidente do Judicial Watch, Tom Fitton, destaca o fato de que "a mudança na história do Serviço Secreto nos registros levanta questões adicionais sobre seu papel no incidente com a arma de Hunter Biden".
O incidente com a arma a que Tom Fitton se refere ocorreu em 2018. A ex-cunhada de Hunter Biden, que se tornou sua amante, pegou sua arma de um armário e a jogou em uma lata de lixo. Ela afirma que seu amante estava mentalmente instável naquele momento e ela temia por sua vida. Posteriormente ela tentou reaver a arma, mas já estava à disposição da polícia. Aproximadamente no mesmo período, agentes do Serviço Secreto abordaram o dono da loja de armas com exigências para se livrar da papelada, incriminando Hunter Biden.
Quando a polícia começou a se perguntar sobre a origem da arma, suspeitou-se que Hunter Biden havia mentido para comprá-la. Ele respondeu negativamente quando questionado sobre abuso e dependência de substâncias no passado. Mas há cinco anos ele foi demitido da Marinha dos EUA devido a um teste positivo para cocaína e admite em suas memórias que continuou a abusar de substâncias pelo menos até 2018.
A deturpação intencional de informações durante a compra de armas de fogo é um delito criminal de acordo com a lei dos EUA. No entanto, ele não foi acusado.
Em abril de 2021, o Serviço Secreto respondeu a um pedido da autoridade de vigilância, prometendo fornecer os documentos necessários sobre o caso. No entanto, um ano depois, em outubro de 2022, esta organização governamental afirmou que a resposta anterior foi um erro e que não possui nenhum registro relevante para o "incidente com armas de Hunter Biden".
O filho do presidente norte-americano está atualmente na mira por estar supostamente envolvido em muitos assuntos obscuros, mas sempre consegue "escapar da Justiça".
Por exemplo, Hunter estava ligado a algumas empresas acusadas de corrupção. O caso mais notório é sua participação no conselho do Grupo Burisma da Ucrânia. Seu pai, o então vice-presidente Joe Biden, pressionou o então presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, a demitir o principal promotor que estava investigando as atividades da Burisma.
No entanto, o incidente da arma pode reverter o caso. De acordo com os resultados das eleições intermediárias de novembro, os republicanos receberam a maioria na Câmara dos Representantes. Eles já prometeram lançar uma investigação em grande escala sobre as atividades de Hunter Biden. O que é mais importante, os agentes federais pensam que têm provas suficientes para acusar criminalmente Hunter Biden por posse ilegal de armas.