O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira (2), em entrevista coletiva em Brasília, que o Ministério da Economia terá a "cara" do seu primeiro mandato.
Lula também disse que participará das decisões da área econômica, que já tem cerca de 80% dos nomes consolidados.
"O meu ministro da Economia será essa cara do sucesso do meu primeiro mandato. Obviamente o ministério tem autonomia, o ministério tem um monte de coisas, mas quem ganhou as eleições fui eu. E eu, obviamente, quero ter inserção nas decisões políticas e econômicas deste país", afirmou.
Lula enfatizou o seu aprendizado "no mundo sindical" e disse que sabe "o que é bom e o que é ruim" para o povo e para o mercado financeiro.
"Eu já governei este país duas vezes, e foi exatamente no meu mandato que este país teve o maior crescimento que teve em 30 anos", afirmou.
Ele lembrou do fato de o país ter alcançado a posição de sexta economia do mundo em sua gestão e citou as reservas deixadas por seu governo ao fim do mandato.
A pouco mais de um mês da posse de Lula, o novo governo já funciona a todo vapor. A chamada PEC da Transição, que servirá como pontapé inicial para o governo estabelecer suas políticas, foi apresentada ao Congresso na segunda-feira (28).
No mesmo dia, o presidente eleito se reuniu com integrantes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para costurar apoios à proposta. Após a confirmação das 27 assinaturas necessárias, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prevê R$ 198 bilhões fora do teto de gastos e validade de quatro anos, entra oficialmente em tramitação.