Conforme publicou a agência Reuters, o acionamento dos agentes de segurança é parte de uma escalada iniciada em março contra a violência de gangues no país. Segundo grupos de direitos humanos, essas ações são marcadas por detenções injustificadas. Os representantes do governo se recusaram a comentar a ação.
"O Soyapango está totalmente cercado", escreveu o presidente no início deste sábado (3) nas redes sociais, referindo-se ao município da parte oriental da região da capital conhecido por ser um reduto das gangues Mara Salvatrucha e Barrio 18.
Segundo o comunicado de Bukele, 8,5 mil soldados e 1,5 mil agentes "cercaram a cidade", enquanto equipes de extração da polícia e do Exército estariam encarregadas de procurar "um a um todos os membros de gangues" na região.
Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, discursa na 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da organização
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Imagens divulgadas pelo governo mostraram tropas transportando armas pesadas, capacetes e coletes à prova de bala viajando em veículos de guerra. Soyapango tem uma população de cerca de 300 mil habitantes.
Em suas ações contra as gangues, Bukele ordenou a detenção de mais de 50 mil supostos membros, a quem descreve como terroristas e a quem teria negado direitos processuais básicos.
O plano de ação do governo de El Salvador busca reduzir a taxa de homicídios do país centro-americano para menos de dois por dia e foi deflagrado após incidentes com dezenas mortos em março deste ano.