De acordo com Michel, a operação russa "fortaleceu os vínculos entre a UE e os EUA", contudo, o "impacto do conflito nos EUA não é o mesmo que na UE", principalmente no setor energético.
Isso porque Washington é exportador de energia, enquanto a UE, sendo dependente das importações, está correndo sério risco de entrar em recessão.
Michel afirmou que as indústrias europeias "pagam mais pela energia e enfrentam a concorrência das norte-americanas".
"Países como os EUA e a Noruega estão tirando proveito dos altos preços energéticos", explicou.
Sobre a Lei de Redução da Inflação adotada por Washington, Michel afirmou que a medida não passa de mais uma ação visando seus próprios interesses econômicos.
Por fim, ele destacou que a UE não deve se tornar uma "vítima colateral" do confronto entre Pequim e Washington, ressaltando que a UE e os EUA têm "pontos de convergência" em relação à política chinesa, e que nas relações com o país asiático, a "UE tem interesses para afirmar".