Panorama internacional

Inteligência grega espiona liderança militar do país e vira alvo de críticas, diz mídia local

O Serviço Nacional de Inteligência da Grécia (EYP) tem espionado vários militares de alto escalão por ordem do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, informou um jornal grego neste domingo (4).
Sputnik
O Documento — um veículo de imprensa semanal grego — publicou uma lista de 14 pessoas que foram supostamente vigiadas pela inteligência grega usando o spyware Predator. De acordo com o jornal, o EYP tem vigiado a liderança militar do país, incluindo o chefe do Estado-Maior da Defesa Nacional, Konstantinos Floros, e o chefe do Estado-Maior do Exército grego, Charalambos Lalousis.
De acordo com a mídia, outras figuras proeminentes, incluindo vários empresários, um deputado grego do Parlamento Europeu e jornalistas, também foram alvo do EYP.
Posteriormente, um dos principais partidos de oposição da Grécia, o Syriza, disse que havia solicitado uma declaração do primeiro-ministro sobre a reportagem do jornal, acrescentando que o atual escândalo constitui "um dos momentos mais sombrios da história grega".
Ao mesmo tempo, o porta-voz do governo grego, Ioannis Oikonomou, criticou o relatório, afirmando que se tratava de "uma mistura de afirmações infundadas".
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Por vários meses, a Grécia tem estado envolvida em um escândalo de escutas telefônicas depois que o governo admitiu que o EYP havia escutado Nikos Androulakis, membro do Parlamento Europeu e líder do movimento socialista pan-helênico do partido de oposição grego.
Nas últimas semanas, o Documento já publicou quatro listas de pessoas, que teriam sido vigiadas pelos serviços de inteligência gregos. Essas listas incluem figuras proeminentes como os ministros de Estado Giorgos Gerapetritis e Akis Skertsos, o ministro das Relações Exteriores Nikos Dendias, o ex-primeiro-ministro Antonis Samaras e outros altos funcionários.
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