O grupo OPEP+ decidiu manter os parâmetros atuais do acordo, informou a organização em um comunicado no domingo (4) após a última reunião em Viena, Áustria.
"Os países participantes decidiram: confirmar a decisão da 10ª reunião ministerial [...] de 12 de abril de 2020 e aprovada nas reuniões subsequentes, incluindo a 19ª reunião ministerial [...] de 18 de julho de 2021, e a 33ª reunião ministerial [...] de 5 de outubro de 2022", indica a declaração.
A próxima reunião da OPEP+ está agendada para 4 de junho de 2023. Entretanto, a organização confirmou que está pronta para se reunir a qualquer momento, se forem necessárias medidas adicionais para estabilizar o mercado.
Comentando o resultado da reunião, Aleksandr Novak, vice-premiê da Rússia, descreveu um mercado mundial de petróleo em melhores condições do que há dois meses, apesar de referir incertezas como o aumento da inflação e a dívida soberana em muitos países, uma política monetária mais rígida e surtos periódicos da COVID-19 na China.
Em maio de 2020, a OPEP+ reduziu a produção em 9,7 milhões de barris de petróleo por dia devido à queda da demanda causada pela pandemia do coronavírus. A partir de agosto de 2022, a aliança passou à fase final de retirada destes cortes, mas em novembro reduziu novamente a produção em dois milhões de barris diários, em uma decisão anunciada em outubro.
A decisão foi explicada como acontecendo devido à incerteza do panorama econômico global e à perspectiva de uma menor demanda de petróleo. Haitham al-Ghais, secretário-geral da organização, explicou o novo corte da produção pela previsão de um excedente de fornecimento no quarto trimestre e no início de 2023.