A descoberta desafia a percepção de Marte como um planeta morto, onde se acreditava não haver qualquer processo significativo nos últimos três bilhões de anos.
O novo estudo sugere que a superfície supostamente tranquila de uma das maiores planícies do planeta, Elysium Planitia, possui uma área vulcânica de dimensão semelhante à Europa Ocidental, que pode eventualmente entrar em erupção.
Além disso, Adrien Broquet, da Universidade do Arizona, afirmou que o estudo mostra evidências que revelam a presença de uma pluma de camada ativa gigante, uma zona rochosa que liga a camada interna do planeta com a crosta externa.
Impressão artística de uma pluma de camada ativa nas profundezas de Marte
© Foto / Adrien Broquet & Audrey Lasbordes
O estudo também revela que uma pluma pode ter entre 25 e 200 quilômetros de profundidade e posteriormente uma temperatura de 100 a 300 graus mais quente do que o resto do planeta.
A elevada atividade sísmica identificada pelo estudo indica existir um movimento que impulsiona o aquecimento da crosta até o ponto de poder provocar uma erupção de lava.
"A nossa descoberta implica que pode existir uma erupção em Marte, que poderá ser neste dia ou daqui a um milhão de anos [...]. Existe um pequeno depósito de cinzas a aproximadamente 20 quilômetros de diâmetro no centro da pluma da camada, de 50 mil anos de idade", revelou Adrien Broquet.
Grande parte das pessoas acreditam que Marte seja um mundo pequeno, frio e morto, mas a descoberta desta grande pluma vulcânica é uma mudança de paradigma.