"A Rússia é a maior fornecedora de petróleo bruto para os mercados internacionais de energia [...]. O petróleo russo sempre foi e continuará sendo demandado. Mecanismos logísticos, cadeias [de abastecimento] vão mudar, mas não vemos nenhuma tragédia nisso", afirmou Novak a repórteres.
O vice-primeiro-ministro destacou que as condições atuais são mais complicadas das do ano passado, obrigando o uso de "novas ferramentas, novos mecanismos de seguro, transporte e interação entre empresas", e que os comerciantes envolvidos na distribuição de petróleo russo estão se multiplicando.
Novak alertou para uma possível escassez no mercado e um novo aumento de preços como resultado desta decisão.
"Eles voltam a errar ao colocar limites com métodos que não são os de mercado. Isso pode levar a um corte de investimentos e à futura escassez desses recursos, o que se traduzirá em um aumento ainda maior de preços", enfatizou o vice-primeiro-ministro.
O responsável não descartou também os possíveis cortes de produção devido à restrição imposta.
"Não excluímos períodos de menor produção se necessário, pois estamos hoje em uma situação incerta, de grande volatilidade. Não acho que sejam volumes significativos, mas não podemos descartar", explicou.
O G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), junto da União Europeia (UE) e Austrália, recusou-se a comprar petróleo russo a um preço superior a US$ 60 (cerca de R$ 315) por barril, a partir de segunda-feira (5). A Rússia já deixou claro que "não vai aceitar esse teto".