A Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em 9 de dezembro para abordar a questão do fornecimento de armas à Ucrânia pelo Ocidente, informou a missão russa nesta terça-feira (6).
"O assunto é o fornecimento de armas ocidentais para a Ucrânia. Há muito o que falar aqui!", diz a nota.
Como observou o representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, em uma reunião nesta terça-feira (6), ao aumentar o fornecimento de armas para Kiev, o Ocidente "está assinando um esforço para intensificar ainda mais o conflito, bem como para desestabilizar a situação no continente europeu".
"Grupos criminosos transnacionais estão envolvidos em contrabando e lavagem de dinheiro, e funcionários dos Estados que enviam armas estão claramente envolvidos", disse ele.
Vasily Nebenzya acrescentou que "este problema representa uma ameaça real à paz".
Segundo o diplomata russo, o presidente nigeriano, Mohammadu Buhari, confirmou que o conflito na Ucrânia é a principal fonte de armas para os terroristas na bacia do Lago Chade.
A preocupação das autoridades russas já foi apontada por outras entidades europeias, incluindo a Europol. De acordo com a diretora executiva da entidade, Catherine De Bolle, existe um influxo na Europa de armas ilegais, originalmente enviadas à Ucrânia por países ocidentais.
Falando em entrevista ao jornal Welt am Sonntag, ela disse que a agência de segurança está preocupada com quem receberá essas armas.
De Bolle observou que, há 30 anos, grandes quantidades de armas surgiram na Europa após o fim das Guerras Iugoslavas e que estas armas são usadas ainda hoje por vários grupos criminosos.
Além de monitorar o tráfico de armas, a Europol também está de olho em terroristas conhecidos e extremistas violentos que tentem deixar a Ucrânia para a Europa, especialmente de direita, acrescentou Catherine De Bolle.
Após o início da operação especial russa para libertar Donbass, os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia alocaram bilhões de dólares em equipamentos militares para as Forças Armadas da Ucrânia.
Moscou observou repetidamente que o Ocidente está tentando prolongar o conflito. Conforme enfatizado pelo Ministério da Defesa, armazéns com armas estrangeiras se tornarão alvos legítimos das Forças Aeroespaciais Russas.