Um novo estudo conduzido por cientistas da China lançou luz sobre as anomalias magnéticas detectadas no único satélite natural da Terra, a Lua.
A pesquisa, liderada por Zhuang Guo, do Instituto de Geoquímica da Academia Chinesa de Ciências, recentemente publicada na revista Nature, apontou a presença de magnetita nas amostras de solo lunar recuperadas pela sonda chinesa Chang'e 5 que visitou a Lua em 2020.
Observando a morfologia dos grãos de sulfeto de ferro nas amostras de Chang’e 5, que continham as partículas de magnetita, os autores do estudo argumentaram que provavelmente era um produto de "eventos de grande impacto" na superfície lunar.
"Isso pode fornecer um método eficaz para formar magnetita submicroscópica onipresente em solos lunares finos e contribuir para a apresentação de ferro férrico na superfície da Lua", escreveram os pesquisadores. "Além disso, a formação de magnetita submicroscópica e ferro metálico por reação eutetóide pode fornecer um caminho alternativo para a formação de anomalias magnéticas observadas na Lua."
A equipe identificou assim os materiais ferromagnéticos trazidos pelos eventos de impacto mencionados e a "magnetização dos minerais ferromagnéticos na presença de campos magnéticos externos" como fatores-chave na geração de anomalias magnéticas na superfície da Lua.