Anteriormente Kiev, por meio de declarações de um "alto funcionário ucraniano" anônimo ao The Washington Post, reconheceu sua responsabilidade pelas tentativas de atacar os aeródromos russos perto de Saratov, Ryazan e Kursk. Apesar do silêncio oficial das autoridades, o interlocutor do jornal disse que "eram drones ucranianos".
"Não temos limites de distância, e em breve poderemos alcançar quaisquer alvos no território da Rússia, inclusive na Sibéria", cita o jornal as palavras do "conselheiro" ucraniano, que acrescentou que tais ataques podem acontecer novamente. De acordo com esse representante, os ataques de drones não ajudarão Kiev a vencer o conflito, mas podem afetar as "operações de influência" conduzidas pela Ucrânia no território da Rússia, que o "Ocidente não quer apoiar".
O conselheiro anônimo observou que os drones em questão não eram da Ukroboronprom (empresa estatal ucraniana de equipamentos militares), nem drones soviéticos modificados, mas sim uma iniciativa conjunta do governo e do setor privado, que pode "frequentemente" produzir novos aparelhos.
O artigo também cita as afirmações de um engenheiro ucraniano, supostamente envolvido na criação de drones. Segundo ele, os veículos aéreos não tripulados usados para atacar aeródromos russos poderiam atingir uma velocidade próxima à do som, além disso, a substituição da câmara original no drone Tu-141 permitiria transportar mais de 50 quilos de explosivos, "ou talvez até 100 quilos".
O Ministério da Defesa da Rússia relatou que na segunda-feira (5) a Ucrânia executou um ataque contra aeródromos militares russos. De acordo com o comunicado, a defesa antiaérea da Rússia interceptou esses drones, que voavam a baixa altitude, com os destroços caindo em dois aviões e militares russos.