O Congresso dos EUA apresentou na quarta-feira (7) um projeto de lei de defesa, que aumenta os gastos militares para US$ 858 bilhões (R$ 4,47 trilhões), cita o portal Defense News.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) de 2023, que representa um aumento de 8% sobre o ano fiscal de 2022 e é US$ 45 bilhões (R$ 234,14 bilhões) maior que o requisitado pela Casa Branca, incluirá questões como aumentar a produção de munições críticas em meio ao conflito na Ucrânia, e reduzir a dependência das cadeias de abastecimento que incluem a China.
Com o ano fiscal de 2023 nos EUA tendo começado em outubro, os atuais gastos militares americanos são regidos por um orçamento temporário.
Uma ausência da passagem da lei até 16 de dezembro ameaçaria o financiamento dos EUA à Ucrânia, com vários republicanos querendo adiar a conclusão da NDAA para o início de 2023, quando o Partido Republicano assumir a maioria na Câmara dos Representantes, conforme as eleições de meio de mandato de novembro de 2022.
Os republicanos querem reduzir ou eliminar as provisões de saúde relativamente à COVID-19, incluindo o mandato de vacina defendido por Biden e Lloyd Austin, secretário de Defesa.
Contrário à proposta do projeto de lei, Biden também quer cancelar o programa de desenvolvimento de míssil de cruzeiro nuclear lançado do mar SLCM-N, que custaria US$ 25 milhões (R$ 130,08 milhões). A NDAA também prevê aumentos para o financiamento da Marinha e do Exército, incluindo benefícios salariais e na habitação aos efetivos, bônus de recrutamento, e um incremento no valor da reserva de minerais críticos do país.
O projeto de lei deverá ser aprovado pela Câmara dos Representantes até o final desta semana, antes de receber novo voto do Senado na próxima semana. Se passar ambas as casas do Congresso dos EUA, o presidente Joe Biden poderá aprovar a lei ainda em dezembro.