"Ele falou aqui com o escritório, para que me avisassem que ia à Embaixada [do México], mas com certeza o telefone dele já tinha sido grampeado, e que ia pedir asilo, caso lhe abrissem a porta da embaixada [...] mas pouco depois tomaram a embaixada com a polícia e também com os cidadãos, cercaram a embaixada e ele nem conseguiu sair, prenderam-no imediatamente", disse o chefe de Estado em coletiva de imprensa.
Em sua conta no Twitter, Obrador ressaltou que a política externa do México se baseia nos princípios de não intervenção e autodeterminação dos povos, lamentando o ocorrido no Peru sem deixar de tecer críticas às elites econômicas e políticas do país.
"[...] Consideramos lamentável que, por interesses das elites económicas e políticas, desde o início da presidência legítima de Pedro Castillo, um clima de confronto e hostilidade tenha sido mantido contra ele, até que ele tenha sido levado a tomar decisões que serviram a seus adversários para consumar sua destituição", afirmou o presidente mexicano.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, incentivou "as partes envolvidas a respeitar o Estado de Direito e também a manter a calma e a evitar provocar tensões" na República do Peru, segundo informou seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
Na quarta-feira (7), o então presidente peruano Pedro Castillo foi detido após destituição do cargo confirmada pelo Congresso da República. O pedido de prisão foi confirmado pelo Ministério Público do Peru.