Os senadores americanos Mitt Romney e Dan Sullivan apresentaram na quarta-feira (7) um projeto de lei que visa garantir que o Departamento de Defesa dos EUA possa reduzir a dependência da China para minerais críticos, aumentando o financiamento para operações de mineração nos Estados Unidos e países aliados.
"A ascensão da China ao poder é auxiliada por seu monopólio de matérias-primas, e os EUA devem garantir a independência mineral crítica para reforçar nossa segurança. Investimentos rápidos e estratégicos dos EUA e seus aliados na mineração e processamento de minerais críticos são necessários para enfrentar os desafios de segurança que enfrentamos hoje", disse Romney, em comunicado à imprensa.
Os senadores disseram que o objetivo da lei é alcançar a independência crítica da cadeia de suprimentos de minerais por parte do Pentágono até 2027.
O projeto de lei autoriza o uso de US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões) para executar a estratégia de aquisição e exige que a Agência de Logística de Defesa dos EUA (DLA, na sigla em inglês) desenvolva uma estratégia para agilizar a mineração e o processamento de minerais críticos.
A administração Biden identificou 50 minerais críticos que são essenciais para a segurança econômica ou nacional dos EUA, cujas cadeias de suprimentos são vulneráveis a interrupções. Os EUA são 100% dependentes de importação de pelo menos 15 dos materiais críticos, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). A China é a principal fonte de importação dos Estados Unidos para cerca de uma dúzia ou mais dos materiais críticos identificados, revelaram dados do USGS.
Vários minerais da lista, incluindo lítio, níquel, cobalto, manganês e grafite, são essenciais para a produção de veículos elétricos e transição para uma economia verde. A Casa Branca projetou que a demanda por esses minerais crescerá até 4.000% nas próximas décadas.
A China é a mais dominante das fontes minerais críticas, controlando cerca de 90% dos mercados globais de terras raras, e a mais dominante em uma série de outras. A Casa Branca também disse que a China controla 87% do mercado global de ímãs permanentes, usados em motores elétricos, sistemas de defesa, eletrônicos e turbinas eólicas.