O crescimento da despesa militar da Itália está desacelerando ou estagnando, apesar do objetivo da OTAN de fazer seus Estados-membros aumentar a despesa para 2% do PIB, relatou na sexta-feira (9) o portal Defense News, que citou um analista.
Assim, a despesa planejada para 2023 no projeto de orçamento de Giorgia Meloni, atual primeira-ministra da Itália, é de € 8,25 bilhões (R$ 45,51 bilhões), contra os € 7,85 bilhões (R$ 43,31 bilhões) em 2022. Embora se trate de um aumento de 5,1%, Franceso Vignarca, cofundador do portal militar italiano Mil€x, vê isso como resultado dos métodos de cálculo.
"Acrescentamos o pagamento de empréstimos em aquisições anteriores, enquanto o governo não o faz. Os números também podem ser revisados, e não temos todos os detalhes, mas parece que os gastos com aquisições no próximo ano não mudarão muito em comparação com os aumentos observados em anos anteriores. Os gastos em aquisições de 2023 parecem [ter] uma tendência estacionária, embora permaneçam no atual pico histórico mais alto", explicou ele.
Em setembro o novo governo italiano de Meloni prometeu trabalhar para aumentar a despesa militar de Itália para 2% do PIB, após aumentos significantes nos anos anteriores. No entanto, Vignarca prevê em 2023 gastos "ligeiramente menores que 1,5% do PIB".
Um dos principais programas no orçamento de defesa italiano é o projeto do caça de sexta geração Tempest, que recentemente se tornou uma colaboração com o Japão e o Reino Unido. Além da montadora italiana Leonardo, a iniciativa inclui a BAE Systems britânica e a Mitsubishi Heavy Industries japonesa.