Panorama internacional

Orbán: Hungria cumpre todas as exigências da UE, mas é pressionada em questões de migração e sanções

Segundo o primeiro-ministro húngaro, não há razão para a Comissão Europeia estar retendo os fundos de desenvolvimento ao país, pois cumpre todos os padrões do bloco.
Sputnik
A União Europeia (UE) está tentando impor sua vontade à Hungria sobre várias questões críticas, disse neste sábado (10) Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria.
"A Hungria cumpriu todos os compromissos acordados com a Comissão Europeia. Os burocratas em Bruxelas estão acrescentando novas condições, eles querem nos impor sua vontade sobre as questões de migração, sanções e gênero", falou o premiê.
Ele também frisou que no que toca a estes assuntos, a Hungria está agindo no interesse de seu povo, não de Bruxelas.
Em 24 de novembro o alto responsável disse que Budapeste cumpriu toda a lista de requisitos acordados com a Comissão Europeia, que dizem respeito a medidas para combater a corrupção, aumentar a transparência das compras públicas e fortalecer a independência do sistema judicial. Ele esperava que na reunião da Comissão em 30 de novembro seria tomada uma decisão de descongelamento dos fundos de desenvolvimento da UE destinados à Hungria.
Panorama internacional
Hungria veta empréstimo da UE para Ucrânia; bloco responde e adia decisão sobre fundos ao país
No entanto, a Comissão Europeia decidiu manter sua proposta inicial de 18 de setembro de congelar € 7,5 bilhões (R$ 41,41 bilhões) dos fundos até Budapeste cumprir todas as suas condições. A decisão da Comissão deve agora ser aprovada pelo Conselho dos países do bloco por uma maioria qualificada. Tibor Navracsics, ministro húngaro das Relações Europeias, atribuiu essa decisão ao fato de que parte das obrigações da Hungria será cumprida mais tarde, conforme o cronograma, e expressou esperança de que o país receberá 100% dos fundos em 2023.
Em 2 de dezembro Viktor Orbán disse que a Comissão Europeia continua bloqueando os fundos da UE destinados à Hungria para influenciar a posição do país sobre questões como migração, educação sexual e sanções, mas Budapeste não tem a intenção de mudar sua posição. Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, por sua vez, culpou "Bruxelas e a máquina de propaganda liberal" por fazerem todo o tipo de chantagem contra Budapeste.
Comentar