A imprensa europeia espera que o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, diga, na próxima segunda-feira (12), que o Reino Unido está procurando por novos parceiros comerciais na África, Ásia e América Latina.
Durante seu discurso de segunda-feira no Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento, Cleverly vai afirmar que Londres "deve olhar para além de seus aliados tradicionais".
O discurso foi supostamente antecipado, já que o Reino Unido tem apontado para tentativas de encontrar um novo lugar para si no mundo após sua saída da UE e consequente rompimento de seus laços com outros países europeus.
O Reino Unido tem uma longa história com os países africanos, que remonta ao período colonial. A colonização britânica do continente rico em recursos começou por meio de empresas e empresários individuais, independentes da Coroa.
Pouco tempo depois, a Coroa assumiu o controle do lado econômico das coisas. A exploração de recursos não foi o único fator econômico, pois muitos indígenas foram capturados e vendidos como escravos nas Américas por nações europeias, incluindo a Grã-Bretanha. Durante o século XIX, o Império Britânico se expandiu para o interior da África, descobrindo inúmeras oportunidades de projetos agrícolas que poderiam beneficiar o mercado europeu, ao mesmo tempo em que pilhavam os recursos do continente.
Por fim, a Grã-Bretanha estabeleceu numerosas colônias na África, incluindo Gâmbia, Gana, Nigéria, Camarões do Sul e Serra Leoa no oeste; Quênia, Uganda e Tanzânia no leste; e África do Sul, Zâmbia, Zimbábue, Malawi, Lesoto, Botsuana e Suazilândia no sul. O Egito também foi colonizado, mas tinha uma relação única com a Grã-Bretanha, já que outra colônia britânica, o Sudão, era governada conjuntamente pelo Egito e pela Grã-Bretanha.