"[A pesquisa aponta que] 60% dos espanhóis têm mais dificuldades do que há um ano para sobreviver, o que equivale a cerca de 21 milhões da população adulta da Espanha", indica o texto publicado no site da empresa.
O documento especifica que, embora todos os espanhóis afirmem ter mais dificuldades econômicas do que há um ano, as comunidades autônomas mais afetadas são as de Navarra (70%), Andaluzia (68%) e La Rioja (65%).
Já os habitantes de Castilla y León (51%), Comunidad Valenciana (53%) e País Vasco (54%) declararam, ao contrário, ter menos dificuldades face a toda a Espanha.
O relatório da empresa também indica que as contas de eletricidade e gás de 44% dos espanhóis aumentaram mais de 20% em 2022, razão pela qual nove em cada dez espanhóis afirmam ter reduzido o consumo de energia em casa.
Além disso, quase 80% dos espanhóis dizem que usam suas economias para pagar as contas, e dois em cada dez, pagam a crédito.
Como resultado, mais de 65% dos espanhóis planejam reduzir o orçamento para alimentação e presentes no Natal, e 80% pretendem cortar os gastos com lazer em 2023, reduzindo as refeições fora de casa e os gastos com roupas e viagens.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação anual em Espanha abrandou para 6,8% em novembro, a taxa mais baixa desde janeiro de 2022, no entanto, no final de julho, a inflação foi estimada em 10,87%, atingindo a taxa mais elevada desde 1984.
O INE explica o aumento da inflação pelos preços da eletricidade, que nessa altura tinham subido de preço em quase 50%.