"Se o Irã conseguir uma arma nuclear operacional, não haverá mais acordos", declarou o chanceler saudita, citado pela Reuters. Ele acrescentou que é legítimo esperar que "os países da região certamente buscariam uma maneira de garantir sua própria segurança".
Além disso, o chefe da diplomacia saudita indicou que apoia os esforços para reativar o acordo nuclear com o Irã "desde que seja um ponto de partida, e não um ponto final", para um acordo mais sólido com Teerã, mas "os sinais agora não são muito positivos, infelizmente".
"Ouvimos dizer dos iranianos que não têm interesse em um programa de armas nucleares, seria muito reconfortante poder acreditar nisso", disse ele, ressaltando que são necessárias "mais garantias a esse nível".
Em 3 de dezembro, o Irã iniciou a construção de uma nova usina nuclear de 300 megawatts no sudoeste do país, segundo comunicado da imprensa estatal iraniana. A nova usina, conhecida como Karoon, levará oito anos para ser construída e custará cerca de US$ 2 bilhões (R$ 10,43 bilhões).
O acordo nuclear inicial, assinado em 2015 por Irã, EUA, Reino Unido, França e Alemanha — bem como Rússia, China e UE, viu Teerã concordar com certas restrições à sua indústria nuclear em troca do alívio das sanções econômicas e outros incentivos. Em 2018, o acordo, no entanto, foi torpedeado pelos EUA sob o então presidente Donald Trump, que se retirou unilateralmente da iniciativa, dizendo que era fundamentalmente falha.