Panorama internacional

China: quase 1 milhão podem morrer após retirada de restrições contra COVID-19, diz pesquisa

Estudo da Universidade de Hong Kong estima que a retirada das restrições contra a disseminação da COVID-19 sem uma campanha em massa de vacinação de reforço e outras medidas preventivas pode levar a quase um milhão de mortes na China.
Sputnik
De acordo com a pesquisa publicada na quarta-feira (14), caso medidas preventivas não sejam tomadas antes da retirada completa das restrições, enquanto a epidemia se espalha simultaneamente em todas as províncias do país resultará "em uma morte cumulativa de 684 pessoas por milhão".
Levando em conta os números oficiais sobre a população chinesa de 2021 — cerca de 1,4 bilhão de pessoas — os pesquisadores da Universidade de Hong Kong estimam que 965 mil pessoas podem morrer em meio à pandemia.
"Nosso resultado sugere que o sistema de saúde local não seria capaz de lidar com o surto de casos de COVID-19 esperado a partir da reabertura entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 no contexto do ajuste da resposta à COVID-19 anunciado em 7 de dezembro", disse a pesquisa.
Em Pequim, na China, cidadãos fazem fila para fazerem testes de detecção de COVID-19, em 26 de dezembro de 2021
A pesquisa salientou que uma abordagem multidimensional, incluindo a vacinação, o tratamento antiviral e a retirada gradual das restrições mitiga os desdobramentos desfavoráveis.
Em 7 de dezembro, as autoridades chinesas introduziram medidas para otimizar a política de COVID-19. Os passos incluem a abolição de testes indiscriminados, a permissão para que cidadãos assintomáticos ou com sintomas leves possam ficar em isolamento em suas próprias casas, o levantamento de restrições sobre compras on-line e off-line de antitérmicos e a aceleração da vacinação de pessoas mais velhas.
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