Estima-se que 100.000 enfermeiros devem participar da paralisação, a primeira nos 106 anos de história de seu sindicato, o Royal College of Nursing (RCN), um movimento que reflete o tamanho do descontentamento no Reino Unido.
A greve no setor de enfermagem segue no esteio de outras paralisações que ocorreram nos últimos meses. Após as greves dos sindicatos dos ferroviários e dos policiais de fronteira, outras categorias profissionais entrarão em greve até no final do ano, como o correio britânico.
O governo do premiê Rishi Sunak, em dificuldades nas pesquisas, mantém uma posição muito firme contra os sindicatos e promete legislar para reduzir sua margem de manobra.
Os enfermeiros pedem um aumento salarial de pouco mais de 19%. Um pedido considerado "impossível" pelo governo, escreve o Le Figaro.
A crise que atinge o custo de vida do Reino Unido, com a inflação acima de 10% e os preços dos alimentos disparando, vem provocando tensões sociais que atingem diversos segmentos da economia.
Rishi Sunak argumenta que seguidas greves que atingem o país devem ser atribuídas aos trabalhistas, o principal partido de oposição, "por causa de seus vínculos com os sindicatos". Ele descreveu as greves como um "pesadelo antes do Natal".
O sindicato dos enfermeiros garantiu que os serviços não serão afetados e "a segurança do paciente é a principal prioridade de todos".