O Vietnã está expandindo significativamente seus postos avançados no mar do Sul da China, para assegurar suas reivindicações territoriais na região marítima, relatou na quarta-feira (14) o think tank americano Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês).
Recife Pearson no mar do Sul da China
© Foto / Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) / Iniciativa de Transparência Marítima na Ásia (AMTI, na sigla em inglês)
De acordo com a organização, o território detido pelo Vietnã nas ilhas Spratly, reivindicadas também pela China e outros países, tem agora mais 1.700 metros quadrados de terra, e um total de mais 2.200 metros quadrados se o trabalho realizado na última década também for contado.
A reclamação de terra, registrada em imagens de satélite, teria acontecido na segunda metade deste ano.
"A escala do trabalho de aterros terrestres [...] é significativamente maior do que os esforços anteriores do Vietnã, e representa um grande passo em reforçar sua posição nas [ilhas] Spratly", disse o relatório, especificando que a expansão está sendo realizada na ilha Namyit, recife Pearson e cayo de Areia, incluindo um porto dragado nos dois primeiros capaz de alojar navios maiores.
"As atividades de dragagem e aterro do Vietnã em 2022 são substanciais e indicam uma intenção de fortificar significativamente suas características ocupadas nas [ilhas] Spratly. Não se sabe que infraestrutura os postos expandidos albergarão. Será necessário ver se e até que ponto a China e outros demandantes reagirão", disse o relato.
Ilha Namyit, parte do arquipélago das ilhas Spratly, no mar do Sul da China
© Foto / Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) / Iniciativa de Transparência Marítima na Ásia (AMTI, na sigla em inglês)
Além do Vietnã, a China, Taiwan, Malásia, Brunei e Filipinas afirmam deter territórios no mar do Sul da China, com Pequim reivindicando quase a totalidade dele.