Os EUA reconhecem o direito da Ucrânia de planejar e conduzir operações militares na Crimeia por considerarem o território como seu, disse John Kirby, coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho Nacional de Segurança do país norte-americano.
"A Crimeia é a Ucrânia, e os ucranianos têm o direito de decidir onde conduzirão as operações dentro de seu país, como serão conduzidas, a que ritmo, em que escala e em que prazo", disse Kirby aos jornalistas.
Ele se recusou a comentar uma notícia desta sexta-feira (16) da emissora americana NBC News, que indica que a administração de Joe Biden vê capacidades militares do lado ucraniano para retomar a Crimeia, apesar de também deixar claro que tais tentativas correm o risco de uma escalada nuclear.
A Crime se tornou uma região russa em março de 2014, após um referendo que se seguiu a um golpe de Estado pró-ocidental na Ucrânia.
No referendo de 2014, 96,77% dos eleitores na Crimeia e 95,6% em Sevastopol votaram a favor de se tornarem parte da Rússia. A Ucrânia ainda considera a Crimeia um território temporariamente ocupado, e muitos países ocidentais apoiam Kiev nesta questão.
Enquanto isso, Moscou declarou repetidamente que os moradores da Crimeia votaram pela reunificação com a Rússia de forma democrática, em total conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas. Segundo Vladimir Putin, presidente da Rússia a questão da Crimeia está "fechada de vez".