"Não devemos subestimar a Rússia. A Rússia está planejando uma longa guerra... Devemos entender que o presidente [Vladimir] Putin está pronto para ficar nesta guerra por um longo tempo e lançar novas ofensivas", disse o secretário-geral da Otan em entrevista à Agence France-Presse.
Em sua opinião, o conflito na Ucrânia "vai terminar na mesa de negociações", mas qualquer solução deve garantir "a vitória da Ucrânia como Estado soberano e independente".
"A maneira mais rápida de conseguir isso é fornecer apoio militar para que o presidente Putin entenda que não pode vencer no campo de batalha, mas deve sentar e negociar de boa fé", acrescentou o secretário-geral da OTAN.
Em junho, Stoltenberg disse que o fornecimento de armas modernas poderia dar às forças ucranianas a oportunidade de recuperar o controle sobre o Donbass, embora não descartasse a possibilidade de que o conflito pudesse se arrastar por "anos".
Já em dezembro, após conversas com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, Stoltenberg, disse que a OTAN não era parte no conflito na Ucrânia e não se deixaria envolver nele.
Na quinta-feira (15), Zelensky disse que a única maneira de encerrar as hostilidades na Ucrânia é a Rússia retirar suas tropas para as fronteiras estabelecidas em 1991, com o fim da União Soviética.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que Zelensky sabe que, se quiser, as hostilidades na Ucrânia poderiam terminar amanhã. O presidente russo, Vladimir Putin, também afirmou que a Rússia sempre esteve aberta a negociações sobre a Ucrânia. No entanto, o próprio Zelensky assinou um decreto sobre a impossibilidade de realizar negociações com Putin.