Ciência e sociedade

Cometas e asteroides podem ter originado a vida em lua de Júpiter, de acordo com estudo

A Europa poderia ter sido atingida por fragmentos espaciais que embateram na superfície do satélite de Júpiter, desencadeando um processo que levaria à criação da vida.
Sputnik
O impacto de cometas e asteroides na Europa, satélite de Júpiter, poderia ter transportado os ingredientes críticos para a vida encontrados na superfície do corpo celeste para seu oceano oculto de água líquida, segundo um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.
Cientistas da Universidade do Texas em Austin, Texas, EUA, desenvolveram um modelo de computador para entender o que acontece na Europa quando um cometa ou um asteroide atinge a cobertura gelada da lua, que é estimada ter de 15 a 25 quilômetros em espessura.
De acordo com as descobertas, se o impacto for forte o suficiente para permitir que partículas de um cometa ou asteroide atinjam uma profundidade de cinco quilômetros, a água de fusão aquecida afundará no resto do gelo. Isso permitiria que vários agentes oxidantes, uma classe de produtos químicos essenciais para a vida, entrem no oceano a partir da superfície da Europa. Eles podem suportar qualquer vida potencial dentro das águas.
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Em busca de vida extraterrestre, pesquisadores estudam ponto de congelamento preciso da água
Atualmente, os impactos dos cometas e asteroides são considerados um dos mecanismos mais prováveis para a origem da vida na Europa. Os cientistas já descobriram dezenas de crateras em sua superfície, muitas delas onduladas, sugerindo a existência de água derretida congelada e de um movimento sob a cratera pós-impacto.
"Este estudo mostra que a fundição das crateras de impacto é um mecanismo de transporte viável, robusto e provavelmente generalizado para os materiais de superfície até o oceano da Europa", sublinharam os pesquisadores.
"Embora este estudo tenha se concentrado na Europa, a fundição viscosa do impacto de derretimento para o oceano ocorre em todas as espessuras de conchas de gelo e viscosidades de gelo exploradas aqui e, portanto, é provável que ocorra em outros mundos gelados semelhantes à Europa, por exemplo, no Titã."
Assim, os autores do estudo veem a queda de cometas e asteroides como possível mesmo sem um meteoro penetrar a concha da lua gelada do gigante do gás.
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