"Eu não mediria isso em termos de um mês ou um ano", disse Burns, respondendo à questão sobre a probabilidade de uma escalada das tensões em torno de Taiwan no próximo ano.
O chefe da CIA observou que nem ele nem seus colegas na comunidade de inteligência dos EUA "devem subestimar a aspiração [da liderança da China] de controlar Taiwan".
Ele afirmou também que a liderança da China "instruiu a chefia militar para estar pronta até 2027 para iniciar uma guerra". "Por isso, penso que, quanto mais esta década for decorrendo, maiores serão os riscos de um conflito militar", declarou Burns.
Ele salientou que "na CIA não temos maior prioridade do que Taiwan e o desafio geopolítico de longo prazo que a China [sob comando] de Xi [Jinping] representa" e que, devido à "concorrência global" com o gigante asiático, Washington tem transferido recursos e pessoal para trabalhar nessa direção.
A tensão em torno de Taiwan se agravou após a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha, ainda no início de agosto. A China, que considera a ilha parte integrante de seu território, condenou a visita e deu início a exercícios militares de larga escala na região em resposta à presença da liderança norte-americana.