Questionado pelo jornal Sueddeutsche Zeitung se ele poderia ver a Rússia retirando tropas da Ucrânia em 2023 para criar condições para um acordo, Scholz disse que não poderia dar tal estimativa.
"Não sei quando chegaremos a este ponto. É importante que não deixemos que o fio da conversa seja interrompido, apesar dos grandes desentendimentos. Se não conversarmos, será ainda menos provável que a Rússia acabe com o conflito", disse.
A longo prazo, disse Scholz, seria possível restabelecer os contatos com a Rússia, o maior país do continente europeu, embora "não seja agora o momento".
O chanceler não disse se poderia viajar a Moscou no ano que vem para mediar a crise.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor.
Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.