Cabral foi o último preso da Lava Jato e réu em 35 ações. O ex-governador vai ficar em prisão domiciliar no Arpoador, Zona Sul do Rio, em um imóvel da família. Ele já saiu da cadeia de tornozeleira eletrônica.
Na saída do presídio, segundo o portal G1, houve protestos contra a sua soltura. O alvará expedido hoje (19) traz algumas medidas cautelares que deverão ser cumpridas por Cabral.
Entre elas, ele "não poderá se ausentar de sua residência", exceto mediante autorização, e só receberá "visitas de parentes até terceiro grau", ou advogados e profissionais de saúde.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela sua soltura após considerar excessivo o tempo de prisão preventiva em uma das ações de que ele é alvo. Para o ministro do STF Gilmar Mendes, a prisão do ex-governador "representava a antecipação do cumprimento da pena".
Cabral foi preso em 2016 sob suspeita de comandar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina de empreiteiras. Ele cumpria prisão preventiva por conta de um processo da Lava Jato que tramita em Curitiba.
Ao longo do processo, o ex-governador chegou a admitir o recebimento de valores indevidos em diversos contratos assinados durante seus dois mandatos como governador, entre 2007 e 2014. Ao todo, o político cumpriu 2.219 dias de prisão, o equivalente a seis anos e 22 dias.
Eike Batista e Sérgio Cabral em 7 de abril de 2009, durante uma cerimônia em que o milionário doou R$ 10 milhões para a campanha olímpica brasileira
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