Nesta terça-feira (20), a Embaixada da China em Manila acusou os Estados Unidos de criarem uma barreira entre as Filipinas e Pequim, lamentando as "acusações infundadas" de Washington que, segundo ela, buscam provocar problemas no mar do Sul da China.
Em um comunicado citado pela Reuters, a embaixada chinesa disse que era "natural que os vizinhos tivessem diferenças", mas acrescentou que "os EUA continuam se intrometendo nas disputas do mar do Sul da China e tentando criar divisões entre os países da região, criando tensões e prejudicando a paz e a estabilidade regional. O que Washington fez não foi para ajudar ninguém, mas para servir a seus próprios interesses geopolíticos", afirmou.
Segundo a mídia, a embaixada também se referia – quando diz "o que Washington fez" – aos comentários do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, divulgados na segunda-feira (19) nos quais a autoridade norte-americana disse que as ações de Pequim "refletem o desrespeito contínuo por outros requerentes do mar do Sul da China e Estados que operam legalmente na região".
Além do mais, Price expressou preocupação com os "enxames crescentes" de embarcações chinesas na hidrovia disputada e um incidente envolvendo um pedaço flutuante de foguete, relata a Reuters.
Na semana passada, as Filipinas expressaram "grande preocupação" com o mesmo "enxame" de embarcações chinesas em um recife e baixio dentro de sua zona econômica exclusiva.
A China reivindica vastas áreas do mar do Sul da China que se sobrepõem às zonas econômicas exclusivas do Vietnã, Malásia, Brunei, Indonésia e Filipinas. Trilhões de dólares em comércio fluem todos os anos pela hidrovia, que também contém áreas de pesca ricas e campos de gás.