Panorama internacional

EUA: ferimentos por arma de fogo em crianças e adolescentes sobem 52% na pandemia, diz estudo

Na segunda-feira (19), o Journal of the American Medical Association (JAMA), na sigla em inglês), publicou um estudo apontando que os ferimentos causados por armas de fogo entre crianças e adolescentes com menos de 18 anos nos Estados Unidos aumentaram 52% durante a pandemia de COVID-19.
Sputnik
O estudo publicado pela JAMA afirma que as taxas de crianças e adolescentes feridas por armas de fogo admitidas em hospitais infantis dos EUA "aumentaram significativamente" durante a pandemia e continuaram elevadas ao longo do ano de 2021.
"Os ferimentos por arma de fogo são a principal causa de morte relacionada a ferimentos para crianças dos EUA, e o aumento da violência social durante a pandemia de COVID-19, incluindo eventos de tiroteio em massa, despertou uma atenção pública renovada para esta crise de saúde pública", ressalta o levantamento.
A JAMA disse que alguns estudos no início da pandemia, quando lockdowns e outras medidas restritivas foram impostas, indicaram um aumento nos ferimentos por arma de fogo, enquanto outras taxas seguiram inalteradas.
Forças policiais caminham perto da escola Robb Elementary School após um ataque a tiros, em 24 de maio de 2022, em Uvalde, no Texas
Os pesquisadores avaliaram as tendências atuais em lesões pediátricas por armas de fogo antes e durante a pandemia para determinar se os fatores de risco sociodemográficos eram semelhantes.
No total, foram 1.815 ferimentos por armas de fogo antes da pandemia contra 2.759 durante a pandemia — um aumento de 52%, diz o estudo, acrescentando que 78,5% do total são meninos.
Os EUA registram ataques frequentes a escolas envolvendo morte e ferimento de crianças. Ao longo de 2022, o ataque mais grave ocorreu em maio, quando um atirador matou 21 pessoas em uma escola primária de Uvalde, no Texas. Do total de mortos, 19 eram crianças.
Comentar