Em seu discurso, Zelensky disse que Biden apoiou sua suposta iniciativa de paz, que possui dez pontos a serem implementados em cooperação entre os dois países nos próximos anos.
"Estou feliz em compartilhar que o presidente Biden apoiou nossa iniciativa de paz hoje."
Durante a reunião que manteve com Zelensky, Biden disse que os Estados Unidos continuarão a aumentar o apoio militar a Kiev, inclusive por meio do fornecimento contínuo de sistemas de defesa aérea Patriot.
Nesta quarta-feira, pouco antes do encontro, o governo norte-americano anunciou um pacote adicional de ajuda militar de US$ 1,85 bilhão (cerca de R$ 9,6 bilhões).
No entanto, a manutenção contínua desse suporte depende da aprovação do Congresso norte-americano. A renovação da Câmara dos Representantes colocou em xeque esse financiamento em razão do avanço do Partido Republicano, que agora é majoritário. Parlamentares republicanos já sinalizaram que querem uma investigação sobre a destinação dos recursos enviados a Kiev.
Zelensky, então, fez um apelo aos congressistas nesta quarta-feira.
"Seu dinheiro não é caridade. É um investimento na segurança global e na democracia com a qual lidamos da maneira mais responsável", prometeu o ucraniano.
O presidente ainda pregou um reforço nas sanções contra a Rússia. "Vocês podem fortalecer as sanções. Está em seu poder nos ajudar a levar a justiça a todos os que começaram esta guerra criminosa e não provocada. Vamos fazer isso", afirmou.
Rússia já alertou para os riscos sobre envios de armas para a Ucrânia
Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU realizada no dia 9 de dezembro, o representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que o contrabando de armas fornecidas a Kiev para países terceiros está crescendo e deve servir de alerta.
Dmitry Polyansky, primeiro vice-representante da Rússia na ONU, acrescentou durante a sessão que o Ocidente não poderá culpar a Rússia por cair nas mãos de terroristas as armas fornecidas pelos países ocidentais à Ucrânia.