Uma das embarcações que deverá contar com este míssil é a fragata Admiral Gorshkov, que entrará em serviço em janeiro de 2023.
"A produção em série do míssil hipersônico marítimo Tsirkon foi iniciada. A fragata Admiral Gorshkov com mísseis hipersônicos a bordo está na fase final de preparação para entrar em serviço em novas regiões, não planejadas, dos oceanos", afirmou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
O míssil russo pode ser um grande problema para os EUA e a OTAN, já que os sistemas antimísseis norte-americanos Aegis, eficazes contra mísseis convencionais, poderiam falhar ao tentar interceptar um Tsirkon.
O míssil russo percorreria 20 quilômetros até o Aegis ser acionado, já que o sistema antiaéreo precisa de oito a dez segundos para interceptar um projétil.
Os mísseis Tsirkon conseguem atingir velocidades de Mach 9, ou seja, alcançando uma velocidade de aproximadamente 2,65 quilômetros por segundo, a uma altitude de 20 quilômetros, enquanto o alcance ultrapassa os 1.000 km, sendo os primeiros no mundo a conseguir essas marcas.
Com tamanha velocidade, os mísseis são capazes de destruir alvos terrestres e marítimos de superfície.
O primeiro lançamento oficial do míssil foi realizado no início de outubro de 2020 a partir do submarino Severodvinsk.
Graças a estas características únicas, o Tsirkon é praticamente impossível de ser interceptado pelos sistemas de defesa dos adversários.
As fragatas do projeto 22350, os novos submarinos multifuncionais do projeto 885M Yasen-M, assim como o cruzador de mísseis modernizado Admiral Nakhimov e o submarino Irkutsk, devem ser equipados com o Tsirkon.