De acordo com a Bloomberg, a rota, que se estende ao longo de três mil quilômetros, conecta o mar de Azov com os centros iranianos no mar Cáspio, para seguir até o oceano Índico.
Para isso, Moscou pretende estabelecer uma rede de comunicações fluviais entre ambos os mares durante o ano inteiro, enquanto Teerã segue ampliando sua rede ferroviária até o porto de Chabahar, no golfo de Omã.
Conforme a especialistas em sanções e política exterior russa do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, Maria Shagina, há uma previsão de que os dois países estejam investindo mais de US$ 25 bilhões (R$ 130 bilhões) no corredor comercial.
Segundo dados analisados pela Bloomberg, dezenas de embarcações russas e iranianas, incluindo algumas sujeitas às sanções dos EUA, já estão navegando por esta rota.
A nova rota entre a Rússia e o Irã está preocupando os EUA e seus aliados, que tentam bloquear as importações de drones iranianos e outros equipamentos militares, que, segundo eles, estariam sendo fornecidos à Rússia. Contudo, Moscou e Teerã refutaram por diversas vezes as especulações do Pentágono.
Por sua vez, o chefe do Escritório de Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos EUA, James O'Brien, afirmou que a nova rota é uma área que o país está observando cuidadosamente, assim como as relações em geral entre a Rússia e o Irã.